Protozooses

Malária

CONTAMINAÇÃO:
A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
O protozoário é transmitido ao humano pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

SINTOMAS:
  • febre alta;
  • calafrios;
  • tremores;
  • sudorese (secreção de suor; transpiração);
  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
  • Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária pode tornar-se grave se não tratada.
  • prostração;
  • alteração da consciência;
  • dispneia ou hiperventilação;
  • convulsões;
  • hipotensão arterial ou choque;
  • hemorragias.


TRATAMENTO:
O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos específicos de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em:
a) Interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) Destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias;
c) Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).
Para atingir esses objetivos, diversas drogas são utilizadas, como antibióticos e antiparasitários, cada uma delas agindo de forma específica para impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro.

PREVENÇÃO:
  • Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
  • Medidas de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.


Leishmaniose

Leishmanioses são doenças causadas por protozoários flagelados lashmânias e chegam a atinge mais de 40 mil pessoas ao redor do mundo. Podem assumir duas formas: visceral ou tegumentar. Para as duas, o vetor permanece o mesmo, a fêmea da espécie mosquito-palha, do gênero Lutzmoya. De maneira geral, a prevenção da doença pode ser feita com as seguintes medidas:
·        Evitar a proliferação do mosquito transmissor com limpeza de quintais, de forma a impedir acúmulo de material orgânico e entulhos que mantenham umidade no solo;
·         Dar destino adequado ao lixo orgânico;
·         Limpar o abrigo do animal doméstico;
·         Se possível, vacinar cachorros;
·         Tomar medidas de proteção pessoal, como uso de repelentes, de telas e evitar exposição no crepúsculo e na noite, horários onde mosquitos são mais ativos.

Leishmaniose Visceral
·         Também conhecida como: calazar, esplenomegalia tropical, febre dundun;
·         Parasita: Leishmania chagasi, que ataca baço, fígado e sistema imunológico;
·         Ciclo evolutivo:
o   Amastigota: parasita intracelular obrigatório em mamíferos;
o   Promastigota: presente no tubo digestivo do inseto transmissor.
·         Evolução crônica, acometimento sistêmico, pode levar a óbito se não tratado;
·         Pode manifestar-se depois de dois a oito meses da infecção. Se a carga do parasita é alta, ou o sistema imunológico é muito fragilizado, pode manifestar-se de dez a quatorze dias após a infecção.
·         Sintomas: Febre contínua, perda de apetite, inchaço do fígado e baço, lesões de pele, nódulos linfáticos inchados e anemia;
·         Cães também podem ser hospedeiros e são um reservatório urbano;
·         Associado a desnutrição, moradias e saneamento básico precários e alterações ambientais como desmatamento, construção de barragens e sistemas de irrigação.

Leishmaniose Tegumentar
·         Também conhecida como úlcera de Bauru, ferida brava;
·         Parasita: sete espécies são responsáveis, atacam pele e mucosas. Entre elas se destacam:
o   Leishmania braziliensis, a mais importante em toda a América Latina;
o  Leishmania amazonensis, encontrada em florestas da Amazônia Legal, na Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná;
o Leishmania guyanensis, limitada a Região Norte, estendendo-se pelas Guianas, se desenvolvendo em áreas de floresta de terra firme
·         Período de incubação geralmente de dois a três meses, podendo ser
·         Sintomas:
o   Na pele: formação de feridas ulcerosas, com bordas elevadas e fundo granuloso. Geralmente indolor.
o   Nas mucosas: destrói tecidos, podendo perfurar o septo e causar lesões deformantes.




Doença de Chagas

Essa é uma doença tropical que atualmente possui de 6 a 7 milhões de infectados ao redor do mundo e que a cada ano mata 14 milhões de pessoas. Ela é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, parasita heteróxeno, ou seja, que completa seu ciclo de vida em dois hospedeiros: um vertebrado e outro invertebrados.
  • Hospedeiros Vertebrados: Podem ser o homem e outros animais mamíferos, como morcegos, gambás e gatos
  •  Hospedeiros Invertebrados: Conhecido popularmente como barbeiros, esses insetos são animais hematófagos e de hábitos noturnos, então é mais comum que alguém seja picado por ele durante o período da noite. Ao picar, eles defecam e, estando infectados, eliminam,  junto com as fezes, o T. cruzi. Ao coçar o local da picada, a pessoa facilita a penetração através da pele.



Fotos Barbeiro e a Doenças de Chagas: Informações e Tratamento ...
Além dessas transmissões, também podemos citar o contagio por transfusão sanguínea, transmissão congênita, no caso da mãe ser chagásica, amamentação, embora raro, manuseio de animais recém abatidos, como tatus e gambás, ao esfolar e limpar eles com as mão machucadas e também há registros de contaminação pela ingestão de açaí moído e caldo de cana contaminados pelo parasita.

A doença de Chagas é uma doença grave que pode causar lesões no coração, cardiopatia chagásica, caracterizando-se por cardiomegalia, disritmia cardíaca e insuficiência cardíaca. Também pode causar lesões no tubo digestório, mais especificamente no esófago e no colón, podendo haver a destruição de neurônios provocando disritmias peristálticas, estase alimentar ou fecal, consequentemente levando ao megaesôfago ou megacólon.

Entre a medidas de profilaxia estão a melhoria das habitações rurais, substituindo casas de pau-a-pique por casas de alvenaria, combate aos insetos vetores, isto é, combate aos barbeiros transmissores, controle dos doadores de sangue, descartando-se aqueles que apresentarem soro positivo para o T. cruzi .

O diagnóstico vem através de exame de sangue e ainda não há uma vacina para a doença de Chagas. Em questão de sintomas, geralmente na frase aguda é assintomática, porém, na fase grave, há presença de febre de temperatura variada, mal-estar, inflamação nos gânglios linfáticos e inchaço do fígado e do baço.



Amebíase

  • A amebíase é uma infecção parasitária que acomete o intestino. Ela é bastante comum em áreas do mundo onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam expostos à contaminação fecal.
  • Causas:é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água, comida contaminadas ou também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.
  • Sintomas: cólicas abdominais, evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional, fadiga, gases em excesso, dor retal durante evacuação, perda de peso involuntária, sensibilidade abdominal, febre e vômitos.
  • Tratamento: para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas.
  • Prevenção: lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos; lave bem frutas e verduras antes de comê-las; evite comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descascá-los você mesmo; beba somente água engarrafada; evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados; evite alimentos vendidos por ambulantes.
Amebíase - Sintomas, tratamento e prevenção - Cola da Web

Referências

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