Reino Metazoa - Filo Arthropoda
FILO ARTHROPODA
O
filo Arthropoda foi assim denominado pelo zoólogo Carl Theodor Ernst von
Siebold (1804-1885), no ano de 1848. O filo reúne a maior diversidade de
organismos do Reino Metazoa. Eles são epresentados por animais como os
gafanhotos (insetos), as aranhas (aracnídeos), os caranguejos (crustáceos), as
centopéias (quilópodes) e os piolhos-de-cobra (diplópodes). Têm cerca de um
milhão de espécies descritas, e estima-se que os representantes deste filo
equivalem a cerca de 80% de todas as espécies de animais conhecidas pelo homem.
Possuem uma ampla gama de cores e formatos, e no que diz respeito ao tamanho,
alguns vão desde as formas microscópicas, como no plâncton (com menos de 1/4 de
milímetro), até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.
Os
artrópodes habitam praticamente todos os tipos de ambientes no planeta, podendo
ser aquáticos ou terrestres. Mesmo nos lugares mais inóspitos e sob
temperaturas baixíssimas, como nas geleiras da Antártida, é possível encontrar
a presença dos artrópodes. Alguns dentre a classe dos insetos (Insecta),
representam os únicos invertebrados que possuem a capacidade de voar. Também se
encontram alguns que são parasitas e outros que apresentam características
simbióticas. Muitos destes animais estão diretamente ligados ao homem, seja na
culinária, seja como causadores de prejuízos na saúde e na agricultura.
1. Características
gerais
·
Simetria Bilateral, Triblásticos, Protostômios,
Celomados (esquizocélico);
Fonte: https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Artropodes Imagem demonstra a diferença entre indivíduos protostômios e deuterostômios no desenvolvimento embrionário |
·
Apresentam apêndices articulados (com
juntas móveis);
Nesta e nas iagens acima percebe-se exemplos de apêndices articulados |
·
Eles têm Metameria heteronoma, com
tagmose característica para cada grupo (houve uma fusão de certos metâmeros –
Artropodização);
Um caminho para a tagmose (do acestral ao derivado o filo artrópoda). Fonte: https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Artropodes |
·
Septos internos ausentes
(diferenciando-se dos anelídeos);
·
Exoesqueleto rígido com apêndices
articulados (supracitado), trocado periodicamente (ecdise).
Ø Esse
esqueleto externo modificou toda a organização dos sistemas/músculos
presenciados nos seus ancestrais e nos anelídeos devido à inviabilização da
deformação corporal (em razão da carapaça).
Ø Musculatura
não pode ser longitudinal nem circular, é organizada em músculos estriados em
feixes, que vão de uma região do exoesqueleto específica à outra (são “curtos”’).
Tais feixes individualizados estão inseridos em apódemas (projeções de quitina para dentro do exoesqueleto).
Possuem músculos intrínsecos e extrínsecos a fim de manter “tudo conectado”.
Exoesqueletode um crustáceo |
Exemplo de ecdise |
Exoesqueleto rígido de um besouro |
Funções e características do exoesqueleto:
Ø Sustentação;
Ø Suporte
para os músculos (em apódemas);
Ø Proteção
(como uma armadura e evita a desidratação);
Ø Revestimento;
Ø Comunicação
(camuflagem, cor de aviso);
Ø Função
mecânica.
Ø Apresenta
4 escleritos por segmento: tergito, esternito e pleuritos;
Ø Tem
membranas intersegmentares e interarticulares;
Ø Apresenta,
ainda, uma cutícula dividida em epicutícula e procutícula (esta dividida em
exocutícula e endocutícula).
·
Ecdise
Ø Pré-muda: há a atuação da ecdisona (enzima). Nesse processo, a antiga epiderme secreta nova epicutícula e procutícula;
Ø Muda:
inchaço do corpo por tomada de ar ou água e ruptura do esqueleto antigo em
linhas de fratura. O esqueleto antigo começa a se romper nas linhas de fratura
ou linhas de ecdise, o animal sai de seu antigo esqueleto, já envolvido pelo
novo, porém, este é mole, o que deixa o animal desprotegido.
Ø Pós-muda:
esclerotização da nova cutícula. O
exoesqueleto que acabou de ser formado está todo enrugado e, com o tempo, vai
se esticando para acomodar o novo animal, agora um pouco maior. Essa adequação
do exoesqueleto ao novo corpo é possível graças à pressão sanguínea no
organismo do animal. O endurecimento, por sua vez, ocorre após o esticamento do
exoesqueleto ter sido finalizado.
Ø Intermuda:
quando ocorre o crescimento real do animal.
Fonte: https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Artropodes. Aqui temos uma representação das fases da muda de um artrópode. |
·
Celoma: está restrito às gônadas e
nefrídios; a principal cavidade corpórea é uma blastocele persistente com
funções circulatórias (hemocela).
·
Ausência da repetição de órgãos.
2. Anatomia e
Fisiologia
a) Sistema Digestório
·
Regiões anterior, mediana e posterior (a
mediana é de origem endodérmica);
·
Boca com posição ventral;
·
Apêndices dos segmentos anteriores
auxiliam na manipulação do alimento e captura das presas;
·
Digestão extracelular, uma vez que o sistema digestório é completo. Nesta,
as enzimas digestivas são secretadas por células da parede do intestino e de
dois órgãos nexos, o hepatopâncreas e os cecos gástricos. Os nutrientes são
absorvidos pelas células da parede intestinal e dos cecos e atingem o sistema
circulatório, encarregado da sua distribuição pelo corpo. Restos de alimentos
não digeridos são eliminados pelo ânus.
Digestão em crustáceo Sistemas de uma aranha |
b) Sistema Circulatório
·
Sistema circulatório aberto ou lacunar, com
coração tubular dorsal (dentro de um seio pericárdico), com um par de óstios
por segmento;
·
Cada classe, no entanto, tem as suas
próprias características quanto ao sistema circulatório;
·
Nos insetos, há um grande vaso que
percorre o corpo longitudinalmente. Na região abdominal, esse vaso apresenta
uma dilatação, o coração, dividido em câmaras e válvulas que fazem a hemolinfa
fluir da região posterior para a anterior;
·
Nos crustáceos, o coração situa-se no
cefalotórax e a hemolinfa passa pelas brânquias, onde é oxigenada.
·
Em suma, pelo fato do sistema
circulatório ser aberto, o sangue sai do coração, passa pelos vasos, sai para a
hemocele, alimentando os órgãos dos animais e enfim volta para o coração, e
todo o processo começa de novo
Sistema circulatório de um anelídeo e de um artrópode |
c) Sistema respiratório
·
Formas aquáticas: Brânquias. Apresentam uma
rede rica em capilares, situada nas bases dos apêndices;
·
Formas terrestres: com invaginações
epidérmicas, na forma de pulmões foliáceos (aracnídeos) ou traqueais (insetos,
quilópodes, carrapatos e algumas espécies de aranhas).
d) Sistema Nervoso
·
É semelhante ao dos anelídeos, com
gânglio cerebral dorsal, anel nervoso que circunda o tubo digestório
(circunentérico) e cordão nervoso ventral ganglionar;
·
Também apresenta nervos segmentares
(para cada segmento do corpo).
Sistemas de um gafanhoto |
e) Sistema excretor
·
Glândulas Antenais: típicas de
crustáceos apresentam-se em número de duas por animal e correspondem a tubos cm
uma extremidade fechada e outra que se abre em um poro excretor na base da
antena. Elas têm partes que filtram a hemolinfa e removem dela as excretas,
principalmente amônia e uréia;
·
Túbulos de Malpighi: são estruturas
presentes em insetos e em alguns aracnídeos. Esses túbulos estão na hemocela e
em contato direto com a hemolinfa. Uma das extremidades dele é fechada e outras
abre-se na região mediana do intestino. Eles filtram a hemolinfa, removendo
dela as excreções (principalmente ácido úrico), que são lançadas no intestino e
eliminadas com as fezes. Na região posterior do intestino, há glândulas que
removem água das fezes, que são eliminadas como pequenas bolas desidratadas;
· Glândulas coxais: são órgãos excretores típicos dos aracnídeos e se localizam no cefalotórax, abrindo-se para o exterior através de poros localizados junto à base das pernas (coxas). Glândulas coxais são funcionalmente equivalentes às glândulas antenais dos crustáceos.
f) Órgãos sensoriais
·
Os artrópodes possuem órgãos sensoriais
altamente adaptados e desenvolvidos;
·
Têm mecano e quimioreceptores (não é á
toa que eles conseguem se “entender” a partri da identificação dos feromônios
que circundam no ar): sencilas (“fissuras” que ajudam a entender e analisar o
ambiente ao seu redor);
·
Fotoreceptores: ocelos, olhos
lenticulados (olhos simples) e olhos compostos com omatídeos (milhares de
unidades visuais).
olhos compostos Olho composto (dividido em "mini olhos") Ocelo de uma formiga |
g) Reprodução
(sucintamente)
·
Não possuem reprodução assexuada, embora
detenham uma enorme capacidade de regeneração (a cada muda que ocorre, estes
animais vão regenerando os apêndices articulados que foram danificados ou
retirados);
·
Reprodução sexuada: Estes animais são dióicos
(sexos separados), proporcionando uma imensa variabilidade entre os grupos;
há,também, espécies partenogenéticas (apenas fêmeas).
4. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES (SUB-FILOS/CLASSES)
a) Trilobitas (Trilobitomorfa)
·
Sub-filo já extinto;
·
Animais marinhos bentônicos, predadores
ou detritívoros;
·
Corpo em 3 regiões: cabeça, tórax e
pigídio;
·
São parecidos com “placas nadadoras”.
Imagens que demonstram os extintos trilobitas |
b) Crustáceos (Crustacea)
·
Camarões, lagostas, caranguejos, siris,
cracas, tatuzinhos-de-jardim são os representantes mais conhecidos deste grupo,
com número de espécies estimado entre 30 mil e 40 mil.
·
Tagmose: Cefalotórax + abdome,com
projeções do exoesqueleto;
·
Cabeça: 5 pares de apêndices (2 pares de
antenas, 2 pares de mandíbulas e 1 par de maxilas);
·
Exoesqueleto quitinoso, impregnado de
substâncias calcárias que o tornam rígido como uma armadura, o que é muito
eficiente para o animal, uma vez que este se protege do meio;
·
Tórax: apresentam apêndices articulados
modificados para manipular o alimento e os pereiópodes (adaptados para caminhar
nos fundos submersos);
·
Abdome: apêndices que aí estão são os pleópodes;
·
Último par de apêndices forma uma cauda,
nas espécies “propulsoras”, tais como o camarão e a lagosta;
·
Trocas gasosas: ocorrem por brânquias;
·
Excreção por nefrídios fechados;
·
Apresentam órgãos sensoriais complexos e
muito especializados;
·
São dióicos, com fecundação interna ou
externa. Pode haver gonópodes (no caso dos machos) na estrutura corporal, que
transferem direta ou indiretamente os espermatozóides às fêmeas.
Desenvolvimento indireto, apresentando a larva náupilo e, frequentemente,
outros estágios larvais.
·
Importância econômica e ecológica: crustáceos
são amplamente empregados na alimentação humana; desenvolvem importante papel
na cadeia alimentar de mares e grandes lagos, uma vez que constituem, no caso
das “microespécies”, o plâncton, a base da cadeia alimentar.
·
Habitat e hábitos dos crustáceos:
Ø A
maioria dos crustáceos vive em ambientes marinhos ou dulcícolas, com poucas
espécies terrestres. Há caranguejos que conseguem carregar água nas câmeras
brânquias, o que lhes permite explorar certas áreas do ambiente terrestre.
Ø Os
modos de explorar o ambiente variam entre as espécies de crustáceos. Há espécies
sésseis, que vivem fixadas a rochas e outras superfícies, e, espécies de vida
livre que passam a vida caminhando no fundo do mar se escondendo ou não,
caçando ou fugindo.
Ø Os
hábitos alimentares também são variados entre os crustáceos. Alguns são
filtradores (cracas), herbívoros (cetos caranguejos), onívoros (espécies de
caranguejos também e outras); carnívoros; detritívoros (camarões, siris e alguns
caranguejos que se alimentam de todo o tipo de detritos orgânicos que aparecem
no meio).
Representação corpórea de uma lagosta |
Diversas espécies de custráceos |
c) Queliceratos
(Chelicerata)
·
Os queliceratos (aranhas, escorpiões,
carrapatos, ácaros, límulos, dentre outros) compreendem cerca de 80 mil
espécies atualmente catalogadas;
·
Tagmose: prossoma (anterior,
frequentemente coberto por um escudo dorsal em forma de carapaça) + opistossoma
(posterior, com até 12 segmentos; em alguns casos, este pode estar dividido em
metassoma e mesossoma);
·
Apêndices do prossoma: (antenas
ausentes) 1 par de quelíceras, 1 par de pedipalpos e 4 pares de pernas
locomotoras;
·
Apresentam olhos simples e não têm
mandíbulas;
·
Grupos mais estudados: Aranhas (o maior
dos grupos de quelicerados), escorpiões e dos ácaros.
·
Aranhas e escorpiões são temidos porque
algumas espécies produzem venenos muito poderosos. As aranhas injetam seus
venenos por meio das quelíceras, enquanto os escorpiões utilizam um agulhão
caudal.
Aranhas
Ø Tagmose:
prossomo (com 4 pares de apêndices locomotores) + opistossomo, partes estas que
são separadas por um pedicelo (uma pequena “cintura”) que atribui melhor
articulação e movimentação a ambas;
Ø Animais
carnívoros: atacam enzimas nas presas e sugam o “suco” que resta do animal a
partir da ação destas, ou seja, apresentam digestão estracorpórea;
Ø Respiração:
ocorre por pulmões foleáceos, podendo ter traquéias na região posterior. Ocorrem
trocas gasosas com a hemolinfa corporal;
Ø Excreção:
glândulas coxais, Túbulo de Malphigi (invaginações do intestino mediano);
Ø Apresentam
glândulas de ceda nas fiandeiras da região posterior do corpo. A seda também
serve para o propósito reprodutivo, dentre outras aplicações;
Ø Dióicos
com desenvolvimento direto (dos ovos saem aranhas pequeninas);
Ø Apresentam
pedipalpos.
d) Hexápodes (Clado Hexapoda)
exemplos de hexápodes (borbletas, besouros, dentre outros) |
·
Os representantes do clado, entre os
quais se destacam os insetos, apresentam 6 pernas e, por isso, são chamados de
hexápodes;
·
Tagmose: cabeça + tórax + abdome;
· Cabeça com esqueleto fundido numa cápsula cefálica, com 1 par de antenas, 1 par de olhos compostos e até 3 ocelos, 1 par de mandíbulas, 1 par de maxílulas (chamadas maxilas) e 1 par de maxilas fundidas num lábio;
·
Tórax em 3 segmentos (protórax,
mesotórax e metatórax), cada um com 1 par de apêndices articulados, sendo que,
além dessas pernas, dorsalmente podem haver 2 pares de asas nos últimos
metâmeros/segmentos (meso e metatórax);
·
Artículos dos apêndices: coxa,
trocânter, fêmur, tíbia e tarso multiarticulado (pós-tarso);
·
Frequentemente apresentam 2 pares de
asas (nos dois últimos segmentos do tórax), com mecanismos de vôo direto
(musculatura inserida na própria asa) e indireto (são feixes musculares do próprio segmento – que vão de um apódema a
outro -, sem nenhuma ligação com a asa, que vão promover o batimento) . Vale
ressaltar que pode haver a perda de 1 ou dos 2 pares de asas, mas isso não
significa que estes indivíduos são mais basais ou menos derivados que outros;
·
Abdome com 9-11 segmentos sem apêndices
locomotores (pode haver alguns segmentos modificados – cercos sensoriais
frequentemente presentes); no abdome há a concentração dos principais órgãos do
corpo, assim, ele deve suportar variações do volume, tendo, desta forma, placas
esqueléticas (tergitos, externitos e pleuritos laterais);
·
Apresentam espiráculos na lateral dos metâmeros abdominais, aberturas do
sistema respiratório;
·
Aparelho bucal:
-
Mastigador: mandíbulas fortes, serrilahdas; maxilas e lábio com palpos.
Ex:
Gafanhotos, libélulas, besouros, etc.
-
Sugador Lambedor: maxilas formando longa espirotromba sugadora; demais peças
bucais ausentes, exeto os palpos baiais.
Ex:
borboletas e mariposas.
-
Mastigador Sugador (abelhas): sucção de néctar pelas maxilas e lábios
alongados;mandíbulas mastigadoras de pólen e cera.
-
Sugador picador: longo rosto em direção posterior, mandíbulas e maxilas
formando estiletes perfuradores. São herbívoros, que consomem fluidos vegetais
e há formas hematófagas (ectoparasitas - mosquitos). Alimentação por sucção.
Frequentemente, estes animais liberam uma saliva que vai ter anticoagulante,
analgésicos, dentre outras substâncias. E, é nessa saliva que vêm juntamente
alguns parasitas.
-
Embebedor (em moscas): parte do lábio formando labelo esponjoso sugador.
-
Mutucas e borrachudos: labelo sugador associado a mandíbulas perfuradoras (aparelho
bucal intermediário entre o dos mosquitos e o das moscas);
·
Trato digestório: dividido em 3 regiões
(anterior, mediana e posterior), com estomodeu e proctodeu. Há a membrana
peritrófica ao longo do tubo digestório, para “forrar” este e protegê-lo do
atrito com o alimento;
·
Circulação aberta, com coração dorsal,
estendendo-se por 9 segmentos abdominais, com 1 par de óstios por segmento, e
aorta anterior;
·
Respiração por traquéias; excreção por
túbulos de Malpighi, eliminando ácido úrico; apresentam “rins de acumulação”;
·
Sistema nervoso com cérebro dorsal,
conectivo circunentérico, gânglio subentérico e cordões longitudinais
ganglionares;
·
Órgãos sensoriais: há uma variedade
imensa. Praticamente todos os tipos de “sensores” são encontrados nos insetos;
·
Dioicos com complexos rituais de corte,
transferência indireta de espermatozóides e desenvolvimento indireto. A Partenogênese
é comum no clado;
·
Há 3 tipos de desenvolvimento:
-
Ametábolo: do ovo eclode um jovem que é praticamente igual ao adulto. A diferença
mais gritante seria a maturidade sexual.
Ovo – jovem – adulto
- Hemimetábolo: do ovo eclode uma ninfa que é bastante semelhante ao adulto, mas ela não as estruturas todas formadas.
Ovo – ninfa – adulto
-
Holometábolos (metamorfose total): do ovo sai uma larva, geralmente uma lagarta,
que tem hábitos alimentares diferentes dos adultos (isso é inclusive uma
característica que demonstra o sucesso desses animais, uma vez que não há
competição entre adultos e jovens pela busca de alimento). A larva acumula uma
grande quantidade de alimento e, só então, inicia seu processo de
transformação, secretando fios de seda ou outras estruturas para formar seu
casulo, no qual se transformará em um imago (forma adulta).
Ovo – larva – pupa – adulto (imago)
Ex:
besouros e borboletas.
Fonte: https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Artropodes Representação de desenvolvimentos Ametábolos, Hemimetábolos e Holometábolos. Metamorfose completa de uma abelha |
·
Os adultos de insetos não vivem muito
tempo. Eles, uma vez que chegaram na fase adulta, não troca mais de
exoesqueleto e possuem a única função de se reproduzirem. Em muitos casos eles
nem se alimentam (as cigarras, por exemplo).
e) Miriápodes
(Myriapoda)
·
Apresenta cerca de 12000 espécies
conhecidas, vivendo em ambientes terrestres úmidos;
·
“Myriapoda”
é uma denominação que se refere às muitas pernas desses animais
·
Tagmose: cabeça + tronco;
·
Cabeça com esqueleto fundido numa
cápsula cefálica, com 1 par de antenas, 1 par de olhos, 1 par de mandíbulas e 1
par demaxilas;
·
Apresentam semelhanças com os insetos:
respiração por traquéias, excreção por túbulos de Malpighi, circulação aberta
com coração dorsal, morfologia dos sistemas digestório e nervoso
a)
Quilópodes (Clado Chilopoda: Lacráias e centopéias)
·
Tal grupo apresenta cerca de 3000
espécies de lacraias e centopéias, estas que são predadores ativos e velozes;
·
Dois tagmas: Cabeça e tronco;
·
O corpo é achatado dorso-ventralmente,
tronco com numerosos segmentos, cada um com 1 par de pernas (apêndices), exceto
o último. Frequentemente, prernas progressivamente mais longas, para não haver
interferência no movimento;
-
o primeiro par de apêndices é modificado para formar estruturas em forma de
garras muito fortes, as forcípilas raptorais, utilizadas para o animal injetar
veneno (isso em mente, apresentam glândulas de veneno);
-
animal apresenta movimentos “serpenteantes”;
-
o último par de pernas, no penúltimo segmento, é modificado em pernas anais
sensoriais;
·
Dioicos, com transferência indireta de espermatozóides
e desenvolvimento direto ou indireto
b)
Diplópodes (Clado Diplopoda: os piolhos-de-cobra)
·
Esses animais são herbívoros detritívos
(comem material em decomposição de origem vegetal) e são animais muito lentos
que vivem enterrados no substrato. Possuem cerca 8.000 espécies de
piolhos-de-cobra;
·
Tagmas: Cabeça + tórax + abdome;
·
Apresentam corpo cilíndrico com muitos
segmentos, o primeiro (colo) ápode (sem segmento), os 4 seguintes com um par de
pernas cada; são diplosegmentados a partir do 5° segmento, cada um com dois
pares de pernas, de espiráculos traqueais e de óstios cardíacos;
-
pernas todas de mesmo tamanho e trabalhando em conjunto (no mesmo “espaço”,
diferentemente das lacraias);
·
No esqueleto há a deposição de sais de
cálcio, e, isso, atrelado às muitas pernas fortes atuando em conjunto, vai
fazer com que este atue quase como um tranque de guerra, abrindo espaço entre
as folhas e material em decomposição, formando as galerias subterrâneas;
·
Um único par de pernas modificado nos
machos para a transferência de espermatozóides no 5° segmento, formando
gonópodes; presença de glândulas repugnatórias laterais ao longo de todo o
corpo (exalam um cheiro bastante forte para ficarem protegidos do meioao redor);
· Dioicos, com transferência indireta de espermatozóides e desenvolvimento indireto.
Referências Bibliográficas:
https://segundocientista.blogspot.com/search?q=Artropodes
https://www.biologianet.com/zoologia/artropodes.htm
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Artropodes.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Artropodes5.php
https://escolakids.uol.com.br/ciencias/visao-nos-invertebrados.htm
https://alunosonline.uol.com.br/biologia/a-visao-nos-invertebrados.html
https://www.coladaweb.com/biologia/reinos/artropodes
Livro didático e aulas ministradas pelas disciplina (e vídeo - aulas disponibilizadas por professores da USP).
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