Reino Metazoa - Filo Chordata - Amphibia
Reino
Metazoa - Chordata – Vertebrata – Amphibia
O
clado Amphibia reúne animais tetrápodes (com 4 membros) conhecidos como
anfíbios (“duas vidas”). Essa denominação está atrelada ao fato de estes
animais apresentarem duas fases de vida, uma larval aquática, com respiração
branquial, e outra adulta adaptada ao ambiente de terra firme.
O
tamanho dos anfíbios varia de 1 centímetro (certas rãs) a mais de 1,5 metro
(salamandras e cobras-cegas). Um fato interessante é que eles surgiram há mais
de 300 milhões de anos, no Devoniano,
e foram os primeiros animais vertebrados terrestres. Durante o Carbonífero,
foram o grupo dominante. Vale ressaltar que eles não foram os animais que dominaram o ambiente terrestre, mas,
sim, os que primeiro tiveram contato com este, depois dos peixes, é claro.
Estudos
de fósseis sugerem que o grupo teria evoluído a partir dos peixes pulmonados de nadadeira lobada, tal como o Tiktaalik, e
servido de ancestral para os répteis,
além de serem os primeiros vertebrados em habitat terrestre. Em relação
aos peixes (seus antecessores) os anfíbios possuem menor dependência da água,
contudo ainda não representam seres verdadeiramente terrestres, tendo a
necessidade de viver em locais úmidos mesmo quando adultos.
É
um grupo muito diversificado, conhecido e, a certo modo, evitado... Muitas
espécies são venenosas, outras nem tanto. Possuem variedade imensa de colorações
e são verificados na natureza desde muito tempo, até porque civilizações
antigas inteiras os prestigiavam e faziam homenagens a esses animais, com estes
sendo relacionados a deuses (como a exemplo da deusa Heket, a deusa-sapo da
fertilidade) e inspirações para pinturas e artefatos de uso do cotidiano (como
jarros, por exemplo).
CARACTERÍSTICAS
·
Triblásticos;
·
Deuterostomados;
·
Celomados, Enterocelomados;
·
Cordados: apresentam
notocorda, fendas faringianas, tubo nervoso oco dorsal músculos segmentares, dentre outras características dos Chordata.
·
Craniata:
apresentam crânio e esqueleto ósseo;
·
Vertebrados;
· Classificações: Os mais conhecidos são os
sapos, rãs e pererecas, da ordem Anura
(“sem cauda”). As salamandras, animais de corpo alongado, com 4 pernas e cauda
longa, pertencem à ordem Caudata (ou
Urodela). As cobras-cegas, animais de corpo cilíndrico, alongado e sem membros,
estão na ordem Gymnophiona (ou
Apoda).
·
Primeiro grupo a iniciar a exploração do ambiente
terrestre.
·
Pele delgada (fina)
·
Pele
lisa, sem escamas, vascularizada e permeável que permite as trocas gasosas,
respiração cutânea e a absorção de água (a maioria dos anfíbios
geralmente não precisa beber água. A absorção de água pela pele os torna
suscetíveis a infecções de pele como a do fungo Batrachochytrium
dendrobatidis. Pele esta rica em glândulas mucosas e paratóides;
·
Glândulas paratóides:
produzem veneno;
·
Glândulas mucosas: mantem a pele umida para
facilitar a respiração cutânea;
·
Ecotérmicos (pescilotérmicos): sua
temperatura varia com a temperatura do ambiente;
·
Anfíbios adultos têm na pele glândulas produtoras de
muco, o que ajuda a manter a superfície corporal úmida e lubrificada. Isso ajuda
a troca de gases entre vasos sanguíneos da pele e o ambiente (respiração
cutânea). A pele pode servir de camuflagem, atrativo sexual ou coloração de alerta
(geralmente são colorações fosforescentes);
· Os anfíbios, especialmente os anuros, são economicamente úteis na redução do número de insetos que destroem plantações ou transmitem doenças. As rãs são exploradas como alimento, tanto para consumo local como comercialmente para exportação, com milhares de toneladas de cochas produzidas anualmente. Além disso, as secreções cutâneas de vários anuros tropicais têm efeitos alucinógenos e efeitos nos sistemas nervoso central e respiratório em humanos;
·
Capacidade de elevar o olho (com músculos ''levator bulbi'');
·
Mecanismo respiratório de "bomba forçada", este sistema respiratório
primitivo também encontrado em anfíbios labirintodontes;
· Dentes pedicelados (as coroas dos dentes são separadas das raízes por uma zona de tecido conjuntivo fibroso; também encontrado em alguns Dissorophoidea; os dentes de algumas salamandras fósseis não são pedicelados);
- Presença de papilla amphibiorum e papilla basilaris: áreas na parede do sáculo do ouvido interno sensíveis a frequências inferiores a 1000 Hz e superiores a 1000 Hz, respectivamente;
· Forma do corpo e membros:
Rãs e sapos não têm cauda e são um pouco atarracados, com membros posteriores longos e poderosos modificados para saltar.
Em contraste, as cobras-cegas (cecilianos) são sem membros, semelhantes a vermes e altamente adaptados para uma existência escavadora.
Salamandras e tritões têm cauda e dois pares de membros mais ou menos do mesmo tamanho; no entanto, eles são um pouco menos especializados na forma corporal do que as outras duas ordens;
· Sistema Esquelético:
Esqueleto dividido em: esqueleto
axial (crânio e coluna vertebral) e esqueleto apendicular (ossos dos membros e
ossos que ligam os membros à coluna vertebral). As costelas deles não circundam
o corpo.
·
Sistema Digestório:
Sistema digestório completo, com
enzimas e glândulas digestivas.
Anuros e salamandras adultos são
carnívoros e alimentam-se, em geral, de insetos, vermes, pequenos crustáceos,
moluscos e outros animais. Os girinos alimentam-se de algas e restos de
organismos mortos. As cobras-cegas (que vivem enterradas no solo ou no lodo)
alimentam-se de minhocas, insetos, etc.
·
Sistema respiratório
Larvas de anfíbios respiram por
Brânquias, pela pele (respiração cutânea) e algumas por pulmões; anfíbios adultos
respiram por pulmões e pela pele.
Sapos e rãs com pulmões eficientes
(dobras internas vascularizadas) e as salamandras possuem pulmões rudimentares,
dependendo muito da respiração cutânea (pela pele).
Por conta desse motivo, a pele
desses animais deve estar sempre úmida, justificando a presença de glândulas
que umedecem a pele e os hábitos desses animais, não se distanciando, quando “saem
para explorar o mundo”, dos reservatórios hídricos (rios, lagos, etc.).
·
Sistema circulatório
O coração dos anfíbios é dividido
em três cavidades: dois átrios ou aurículas e um ventrículo. Os anfíbios
têm circulação fechada (o sangue circula somente dentro dos
vasos). Dupla, o sangue passa duas vezes pelo coração; e como
ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em
oxigênio) a circulação neste grupo de animais é do tipo incompleta.
(fragmento retirado do blog https://segundocientista.blogspot.com/search?q=anf%C3%ADbios)
·
Sistema excretor:
A excreção dos anfíbios é realizada
por um par de rins de cor
marrom-escura e com forma ovalada, localizados dentro da cavidade abdominal,
junto à parede dorsal. Os rins removem do sangue a uréia. A uréia e outros resíduos metabólicos são excretados pela
urina, que segue por um par de ureteres até a bexiga urinária e daí para a
cloaca, de onde é eliminada para o meio externo.
Larvas de anfíbios secretam
principalmente amônia.
·
Sistema nervoso e sentidos:
Olhos bem desenvolvidos, mas só
conseguem enxergar objetos em movimento.
Têm boa audição e muitas espécies
utilizam do “canto” para encontrar parceiros.
Larvas de anfíbios têm linhas
laterais (detectar vibrações na água).
A mecanorrecepção, provida pelos neuromastos, ou órgãos de linha lateral, é a modalidade sensorial
responsável pela captação de estímulos vibratórios na água, o que facilita a
orientação e a localização de presas.
A olfação possui grande importância na comunicação
intraespecífica, assim como na localização
de presas, que juntamente com a gustação está associada à seleção de alimentos.
A quimiorrecepção também ocorre na pele, provavelmente por ação
de receptores sensíveis a diferenças de salinidade ou em resposta a
feromônios sexuais.
A pele de anfíbios também apresenta receptores cutâneos difusos, que
respondem a estímulos térmicos, mecânicos, proprioceptivos e nocivos.
·
Reprodução:
Dióicos e, em sua maioria,
ovíparos, com fecundação externa ou interna.
Anuros e urodelos geralmente
liberam os ovos na água, envoltos numa massa gelatinosa. Algumas espécies mantêm
os ovos no corpo. Em outras, as fêmeas retêm os embriões até o final do
desenvolvimento, alimentando-os com secreções nutritivas; nesses casos, não há
estágio larval.
Quase todos os anfíbios têm
desenvolvimento indireto, com uma fase larval aquática e uma fase adulta
terrestre. O girino (larva do anuros) não tem pernas e possui cauda bem
desenvolvida. O desenvolvimento larval termina com metamorfose, processo em que as brânquias desaparecem e surgem os
pulmões. Nela, também surgem as pernas dos pequenos sapos, com o aparecimento
das traseiras primeiro e, posteriormente, das dianteiras. As larvas de
salamandra apresentam 4 pernas e a cauda não regride na metamorfose,
persistindo na fase adulta. Nas salamandras pode ocorrer de a o indivíduo não
passar por metamorfose, mantendo as características larvais durante a vida, é a
neotenia.
CLASSIFICAÇÃO
a) Anura
b) Caudata
c) Gymnophiona
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