Reino Metazoa - Filo Chordata - Aves
Filo
Chordata – Aves
Ótima descrição a
respeito das aves: Vertebrados mais estudados, mais observáveis, mais
melodiosos e, para muitos, os mais belos devido a suas cores pigmentares
(melaninas, porfiróides, psitacofulvinas) e cores estruturais (interação entre
a luz e a queratina que forma a pena) que são muito chamativas e muitas vezes
metálicas ou iridescentes. Com uma grande diversidade em número de
espécies vivas atuais: em torno de 10.000 espécies viventes
atualmente, adaptaram-se a quase todos os biomas (do Pólo sul ao Pólo Norte, em
florestas, campos, savanas, montanhas, desertos, pradarias, cavernas e modernamente
em ambientes antrópicos (urbanos) e em todas as praias e oceanos. São os
vertebrados mais abundantes, depois dos peixes (Pough, 1999). A característica
distintiva desse grupo: penas e o vôo.
(fonte: https://segundocientista.blogspot.com/search?q=aves)
As aves constituem um
dos grupos de animais mais interessantes de todos. A beleza, o som, as asas
diferenciadas (e até a ausência destas), tudo são objeto de estudo da ciência e
de qualquer um que ande pelas ruas movimentadas da cidade ou do interior. Todos
nós já admiramos, ao menos uma vez, um exemplar desse maravilhoso grupo.
Apesar de parecerem
abundantes na natureza (e, de fato, o são), muitas espécies de aves
encontram-se em extinção atualmente (em pleno século XXI). Isso, no entanto, não
é de agora... Desde os princípios das civilizações, o Homem vem provocando
sérias mudanças naquilo que viria a ser o habitat das aves, como a Mata
Atlântica, por exemplo. As aves, a cada segundo, têm de tentar se adaptar a
esse mundo atípico em que se encontram, pois, paulatinamente, suas casas vêm
sendo eliminadas da realidade, por assim dizer.
Espécies que se
encontram nessa situação são a “arara-azul” e o “tucano terrestre” da Nova Zelândia.
Cientistas e biólogos vêm tentado salvar as pequenas populações que ainda
existem na natureza desses animais, mas isso é um processo difícil e complicado
de ser executado... Em certas ocasiões, tais instituições de proteção animal
não possuem apoio governamental nem apoio de comunidades no geral, agravando,
então, a situação dessas espécies. Pode ser que num futuro próximo tais
espécies não estejam mais entre nós, o que é, de verdade, muito triste, pois
tudo indica que possuímos os recursos para salvá-las, mas, muitas vezes,
estamos impossibilitados, restritos a não utilizá-los.
CARACTERÍSTICAS
·
Triblásticos;
·
Deuterostômios;
·
Bilatérios;
·
Celomados;
·
Possuem notocorda e demais características básicas dos Chordata no desenvolvimento;
·
Vertebrados – craniados;
·
Homeotérmicos – endotérmicos;
·
Tamanhos variam de menos de 6,0
centímetros de comprimento e 2,0 gramas de massa corpórea a mais de 2,5 metros
de altura e 160 quilogramas;
·
Distribuem-se por quase todas as regiões
do planeta e sua característica mais marcante é, com certeza, o vôo e os
acessórios que vêm com esta habilidade.
O corpo das aves é aerodinâmico,
diminuindo a resistência do ar durante o vôo, apesar de algumas espécies terem
perdido essa habilidade ao longo da evolução.
O corpo é coberto por penas que
constituem um eficiente isolamento térmico, contribuindo para a manutenção da temperatura corporal.
·
As aves são divididas em 2 grupos:
Aves
que não voam e dotadas de características mais primitivas: Paleognathae.
Ø Ex:
avestruzes africanos, emas sul-americanas, emus, casuares, etc.
Aves
que possuem quilha, ou carena, estrutura esquelética a qual se prendem os
músculos peitorais: Neognathae. Aves
neognatas, exceto o pinguim, conseguem voar.
Anseriformes (patos, marrecos, gansos, cisnes, etc.);
Apodiformes (andorinhões, beija-flores, etc.);
Ciconiiformes (garças, sacós, jaburus, cabeças-secas, urubus, condores, etc.);
Columbiformes (pombas, rolas, perus, etc.);
Passeriformes (tangarás, joões-de-barro, andorinhas, gralhas, etc.);
Piciformes (tucanos, pica-paus, etc.);
Psittaciformes (araras, papagaios, periquitos, etc.);
Sphenisciformes (pinguins);
Strigiformes (corujas, etc.);
Tinamiformes (perdizes, codornas, etc.).
·
Esqueleto, corpo e adaptações ao vôo:
Esqueleto
altamente especializado para o vôo.
As
aves carenas têm, na parte anterior da caixa torácica, uma estrutura óssea
denominada quilha, ou carena, adaptada á ancoragem da forte musculatura
peitoral.
Os
ossos das aves são mais porosos e menos densos que os dos outros craniados, são
os chamados ossos pneumáticos. As espécies
atuais não têm dentes, apesar de seus ancestrais o possuírem, supostamente. Essas
características, assim como outras que serão citadas, reduzem o peso das aves e
auxiliam no vôo. Aquelas que não conseguem voar foram adaptadas de outro modo e
possuem outras características interessantes, como, por exemplo, a capacidade
de correr velozmente, como as emas e as avestruzes, ou a capacidade de nadar,
como os pinguins.
Os
membros anteriores das aves foram transformados em asas durante a evolução. Mas,
mesmo assim, são considerados animais tetrápodes, com membros posteriores
adaptados para empoleirar-se, andar, nadar, pescar e caçar. Algumas espécies (como
galos) possuem, inclusive, as esporas que servem de defesa corporal.
Ø Esqueleto
apendicular:
- membro
torácico: escápula, osso coracóide, clavículas, úmero, rádio, ulna, ossos
do carpo, carpometacarpo (fusão), ossos dos dedos.
- membro
pélvico: fêmur, tibiotarso, fíbula, tarsometacarpo, osos dos dedos.
Elas
possuem, além dessas outras organizações corporais, os sacos aéreos, que reduzem o peso, a densidade e atuam nas trocas
gasosas.
Ø São
estruturas ligadas aos pulmões que servem como câmara de recepção do ar inalado
pelas aves, uma vez que elas possuem pulmões rígidos. São grandes,
complacentes, de paredes finas e originam-se de brônquios secundários
pulmonares.
O
osso esterno é em forma de QUILHA para
que possam “cortar” o ar e diminuir a resistência deste enquanto voam.
Além
disso, destaca-se que estes animais: têm uma musculatura peitoral muito
desenvolvida (movimentação das asas); não têm bexiga urinária (redução do
peso); a urina é semi-sólida (redução do peso); os olhos têm grande acuidade e
acomodação visual (enxergar claramente durante vôos de alta velocidade); e,
apresentam um único côndilo occipital (crânio e bico tornam mais leves a cabeça
da ave possibilitando/auxiliando no vôo).
·
Revestimento corporal:
A
pele apresenta formações epidérmicas características das aves: as penas.
Penas:
formam-se no interior de folículos, semelhante aos mamíferos; neles (folículos
das penas), não há glândulas sebáceas como nos folículos pilosos. A lubrificação
das penas, importante para manter a impermeabilidade do corpo, é feita graças à
secreção gordurosa da glândula
uropigiana, localizada na parte superior da cauda. Aves aquáticas, por
exemplo, estão sempre “utilizando” dessa glândula para se manterem prontos às
adversidade que o ambiente pode lhes apresentar (objetivo: ficar sempre seco e
nadar rapidamente).
Funções
das penas: protegem contra choques
mecânicos, impermeabilizam a pele, auxiliam na manutenção da temperatura
corporal (termorregulação), promovem o vôo, camuflagem e comunicação (encontrar
parceiros e se comunicar).
Composição
das penas: basicamente queratina, que evoluíram das escamas dos répteis.
Estrutura
das penas: cálamo; base implantada no folículo; raque (eixo central); barbas e
bárbulas (ramificações laterais); bárbulas com ganchos (hâmulus) – formando uma
superfície contínua que protege o corpo e que, no caso das penas das asas, dá
sustentação ao vôo-; vexilo.
Tipos
de penas: rectrizes (cauda); rêmiges (asas); simpluma; filopluma; cerda; plúmula.
·
Sistema digestório;
Sistema
digestório completo.
Os
órgãos desse sistema são relativamente leves, contribuindo para a leveza
essencial para o vôo das aves, e são altamente eficientes em liberar
rapidamente a energia proveniente dos alimentos, promovendo, então, uma alta
taxa metabólica nas aves àà
muita energia (necessária para o vôo).
Aves
podem ser herbívoras, carnívoras ou onívaras.
A
estrutura do tubo digestório vai de acordo com a dieta alimentar à qual as
espécies estão adaptadas.
Ø Aves
herbívoras: alimentam-se principalmente de grãos e partes vegetais duras, têm
uma região dilatada no esôfago, o papo,
especializado em armazenar alimento para digeri-lo depois e, também, em umedecê-lo,
tornando-o mais macio e facilita a posterior digestão.
Estômago
das aves dividido em 2 partes: proventrículo e moela. No proventrículo, o alimento é misturado a enzimas digestivas, antes
de passar para a moela. Nela, têm-se
paredes grossas e musculosas, capazes de triturar o alimento, facilitando a
ação das enzimas. Ocasionalmente, as aves herbívoras ingerem algumas pequenas
pedrinhas para dentro da moela e, assim, facilitar a trituração dos alimentos
(pedrinhas = equivalentes aos dentes, ausentes nas aves). Já as aves
carnívoras, essas não têm papo (ou é pouco desenvolvido) e suas moelas são
pouco musculosas.
O
intestino abre na cloaca, onde também desembocam o sistema excretor e
reprodutor.
· Sistema respiratório:
Respiração
pulmonar.
Pulmões
compostos por finíssimos tubos, os parabrônquios. A parede desses tubos é
irrigada por grande quantidade de capilares sanguíneos, o que possibilita as
trocas gasosas entre o sangue e o ar inalado. Dos pulmões partem bolsas
chamadas de sacos aéreos, que ocupam
as regiões anterior e posterior do corpo, penetrando, até mesmo, em alguns
ossos.
As
aves fazem 2 ciclos de inspiração e expiração para ventilar os pulmões (corpo e
“encher” os sacos aéreos à torna o sistema mais eficiente).
Movimento
do esterno: como as aves não possuem diafragma (como os répteis), a respiração
se faz ás custas de músculos que movimentam as costelas e o esterno, expandindo
ou retraindo a cavidade corporal.
As aves apresentam volume de fluxo
até 3 vezes maior que os mamíferos devido a uma alta demanda metabólica.
·
Sistema circulatório:
Circulação
fechada, dupla e completa (o sangue rico em gás oxigênio não se mistura ao
sangue rico em gás carbônico).
Coração
das aves: tem 4 câmaras (2 átrios e 2 ventrículos, completamente separados).
·
Sistema excretor:
Principal
substância nitrogenada excretada: ácido úrico.
Na
cloaca, a maior parte da água contida da urina é reabsorvida e o ácido úrico
altamente concentrado adquire cor esbranquiçada e consistência pastosa, sendo
eliminado com as fezes, como também ocorre com os répteis. [urina, então, é
semi-sólida]
Rim:
rim metanéfrico.
Em
algumas espécies que vivem perto do mar ou em ilhas oceânicas, ingerindo peixes
e água do mar, hpa um par de glândulas
de sal, que excretam o excesso de sais ingeridos com o alimento em soluções
altamente concentradas. Essas glândulas se abrem nas proximidades dos olhos
desses animais.
·
Sistema nervoso e sentidos:
São
animais inteligentes com comportamentos complexos e elaborados.
Encéfalo
mais desenvolvido que o dos répteis.
Visão
muito boa e audição aguda, possibilitando a comunicação por meio de sons.
Muitas
aves têm a grande capacidade de orientação, efetuando migrações periódicas de
milhares de quilômetros sem desviar-se da rota. Algumas também conseguem “sentir”
os campos eletromagnéticos e se orientar por eles.
·
Reprodução:
Animais
dióicos, ovíparos, com desenvolvimento direto e fecundação interna.
A
maioria das aves não possui órgão copulador. A transferência dos espermatozóides
para a fêmea ocorre por justaposição das aberturas das cloacas dos parceiros
durante a cópula. Os ovos, protegidos por uma casca calcária, são eliminados
também pela cloaca.
Quase
todas as aves chocam os ovos, mantendo-os aquecidos e, assim, promovendo o
desenvolvimento do embrião.
A
maioria tem dimorfismo sexual (diferença
morfológica entre os machos e as fêmeas). Machos – geralmente com penas mais
exuberantes e coloridas; Fêmeas – plumagens menos vistosas, que se confundem
com o ambiente.
Em
diversas espécies, os machos delimitam “territórios” de procriação, garantindo
o direito de copular com as fêmeas aí presentes.
https://segundocientista.blogspot.com/search?q=aves
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/ovos-das-aves
https://www.todamateria.com.br/aves/#:~:text=Aves%20s%C3%A3o%20animais%20de%20sangue,elevado%2C%20necessitando%20de%20muita%20energia.
https://www.infoescola.com/biologia/aves/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/ovos-das-aves
https://www.coladaweb.com/biologia/animais/aves
https://www.peritoanimal.com.br/aves-que-nao-voam-caracteristicas-e-10-exemplos-22917.html
https://escola.britannica.com.br/artigo/aves-que-n%C3%A3o-voam/480793
Livro didático e aulas ministradas pela disciplina de Biologia do CMPA.
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