Reino Plantae - Angiospermas




Angiospermas

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

  • Filo: Antophyta (antho: flor)
    • Acredita-se que seja um grupo monofilética;
  • Espécies de grande, médio e pequeno porte;
  • Vivem em ambientes diversos
    • Podem ser parasitas, assim como podem ser “inquilinas”
  • Diferem das gimnospermas por apresentar flores e frutos e por características no ciclo de vida
  • São dividas em
    • Monocotiledôneas
      •   Monofilético
    •  Eucotiledôneas
      •  Monofilético
    •  Dicotiledôneas basais
      •   Não é monofilético

  • Quanto ao sexo, as espécies de angiospermas podem ser:
    • Monoicas com flores monoclinas: em cada indivíduo, todas as flores são monoclinas.
    • Monoicas com flores diclinas: em cada indivíduo, existem flores unissexuadas masculinas e femininas.
    • Dioicas: em cada indivíduo existe só um tipo de flor unissexuada, ou seja, os sexos são separados.


2. CICLO DE VIDA E REPRODUÇÃO

  • Parecido com gimnosperma, porém órgãos reprodutores que nessa são estróbilos, nas angiospermas são as flores. Outra diferença é que as sementes das gimnospermas são nuas, enquanto das angiospermas são protegidas pelo ovário, que origina o fruto.
Flores
  • São ramos especializados com folhas férteis (esporofilos) que formam esporângios
  • Ramo que as contém é chamado pedicelo
    • Há o receptáculo floral, onde se encaixam verticilos florais (folhas especializadas)
      •  Alguns formam esporângios
  • Flor completa deve ter 4 verticilos florais, dispostos nessa ordem, da periferia para o centro do receptáculo

    • Cálice
      • Protetor, forma o perianto junto da corola
      • Suas folhas são as sépalas
        • Menores que pétalas, mais espessas e verdes
        •  Se pétalas e sépalas são parecidas, podem ser chamadas de tépalas, formando o conjunto perigônio
    • Corola
      • Protetor, forma o perianto junto do cálice
        • Suas folhas são as pétalas
          •    Delicadas e coloridas
          • Se pétalas e sépalas são parecidas, podem ser chamadas de tépalas, formando o conjunto perigônio
    • Androceu
      • Verticilo fértil
      •  Forma pólen
      •  Folhas modificadas: microsporofilos, chamados de estames
        •  Constituído pelo filete que sustenta a antera
        •    A antera contém quatro microsporângios (ou androsporângios), os sacos polínicos, onde se formam microsporócitos, as células-mães do pólen que, por meiose, originam células haploides que diferenciam-se em grãos de pólen

    • Gineceu
      • Verticilo fértil
      • Forma óvulos
      •  Folhas modificiadas: megasporofilos, chamados de carpelos
        •   Formam estruturas que parecem pequenos vasos
        •  A base maior, dilatada, é o ovário, onde se formam óvulos
        • A porção afilada é o estilete, é por onde o tubo polínico penetra
        • Porção terminal é o estigma, que recebe os grãos de pólen


  • De acordo com pétalas e sépalas temos:
    •  Heteroclamídeas, se as duas são diferentes
    • Homoclamídeas, se são tépalas.
  • Quanto ao sexo, as flores podem ser:
    • Monoclinas: possuem androceu e gineceu, são as mais comuns.
    • Diclinas: possuem apenas androceu.

Microsporogênese
  • Formação de micrósporos nos sacos polínicos das anteras
                    1. diferenciam-se quatro bolsas, futuros sacos polínicos;.
                    2. células diploides dividem-se por meiose, formando células haploides;
                    3. diferenciam-se em grãos de pólen.

 
Microgametogênese
  • Formação do microgametófito no interior do grão de pólen, constituído por três células.
                    1. divide-se por mitose originando uma célula tubo e uma célula geradora;
                    2. célula geradora divide-se por mitose, dá origem a dois núcleos espermáticos (gametas masculinos).

Megasporogênese
  • Formação de megásporo dentro do megasporângio, localizado no óvulo.
                    1. Na fase inicial de botão, surge na parede do ovário protuberâncias que originarão o óvulo;
                    2. Em cada superfície do primórdio de óvulo, abaixo da camada celular mais externa, surge o megasporócito, célula-mãe do megásporo;
                    3. Ao redor, diferenciam-se células do nucelo e do tegumento;
                            3.1. Há a micrópila, na região oposto do pedúnculo do óvulo, a micrópila;
                    4. Megasporócito divide-se por meiose e origina quatro células haploides, os megásporos.

Megametogênese
  • Desenvolvimento do megagametófito no interior do óvulo.
                    1. Degenera-se três megásporos, os mais próximos da micrópila. Sobra apenas um funcional;
                    2. O megásporo nutre-se do nucelo e cresce;
                    3. Divide-se por três mitoses sucessivas, originando oito núcleos, quatro mais próximos da micrópila, quatro opostos a ela;
                    4. Formam-se os núcleos polares, quando um núcleo de cada dos conjuntos migra para a região central;
                    5. Os outros seis formam membranas, individualizando cada célula;
                    6. O citoplasma do megásporo fica dividido entre sete células: três próximas a micrópila, três no polo aposto e uma parte com os núcleos polares. É o saco embrionário;
                    7. Duas células próximas da micrópila são as sinérgides, a terceira, entre elas, é a oosfera, gameta feminino. As três células opostas são as antípodas. A grande, com os núcleos polares, é a célula central.
 
Polinização

    Trata-se da liberação de grãos de pólen, que são transportados até o estigma das flores. Podem ser polinizadas pelo vento, como gramíneas que tem flores discretas, sem atrativos. São especialmente adaptadas para facilitar esse processo. Flores polinizadas por animais adotam características que atraem seus polinizadores, como glândulas odoríferas e nectários. Os estigmas normalmente são reduzidos e a quantidade de pólen é pequena. Podem até produzir dois estames: um pouco atraente e fértil, outro muito atraente e comestível. pode ser feita por diferentes agentes, são eles:
  • Anemófila, vento: As flores, em geral, não possuem perianto, não há glândulas odoríferas e nem nectários. Os grãos de pólen são abundantes e secos.
  • Entomofilia, insetos e ornitofilia, pássaros: As flores possuem perianto vistoso, com glândulas odoríferas e nectários. O pólen é pouco abundante e pegajoso.
  • Quiropterofilia, morcegos: As flores possuem glândulas odoríferas, se abrem a noite e geralmente tem corola branca ou de coloração clara.


Dupla fecundação
                    1. Grão de pólen atinge estima da flor reprodutivamente compatível;
                    2. Ele absorve solução açucarada do estima e forma o tubo polínico;
                    3. Tubo cresce no estilete, atingindo o ovário e penetrando óvulo pela micrópila;
                    4. Tubo penetra uma sinérgide e injeta os dois núcleos espermáticos;
                    5. Um dos núcleos entra na oosfera e origina zigoto diploide (2n), futuro embrião. O outro funde-se aos núcleos polares e origina núcleo triploide (3n);
                    6. Do núcleo triploide surge o endosperma. Ele acumula substâncias nutritivas para o embrião.
  • A dupla fecundação está no processo do zigoto (2n) e no processo do endosperma (3n).

Formação da semente
              1. Desenvolvimento embrionário é iniciado com divisão mitótica do zigoto;
              2. São produzidas duas células que estabelecem a polaridade do embrião. A célula voltada para a micrópila origina o suspensor (empurra o embrião para o interior do megagametófito, participa da nutrição, produz hormônios, as giberelinas), a do polo oposto origina o embrião;
              3. O embrião é formado por: radícula (origem da raiz), hipocótilo (origina a parte inferior do caule), cotilédone (folha especial que transfere reservas alimentares para o embrião), epicótilo (origina a parte superior do caule);

                4. Chega um grau de desenvolvimento do óvulo e do embrião em que o tegumento diferencia-se para formar casca resistente, dando origem a semente;
                5. Substâncias nutritivas do endosperma e do nucelo são transferidas para o embrião pelos cotilédones.
  • As sementes podem permanecer em dormência, ou seja, sem germinar imediatamente. Podem esperar temperaturas muito baixas passar, por exemplo. É importante fator para sobrevivência e garante o melhor desenvolvimento para o embrião.
 
Frutos
  • O fruto é resultado do desenvolvimento do ovário, principalmente. O processo inicia-se após serem liberados hormônios pela formação da semente. Na maioria dos casos, os frutos tem então sementes em seu interior. Há também frutos partenocárpicos, que não se desenvolvem com sementes.
  • O fruto possui duas partes:
    • Pericarpo, resultado do ovários. Tem três camadas:
      •  Epicarpo (externo), mesocarpo (intermediário) e endocarpo (interno)
        • Normalmente, mesocarpo é mais desenvolvido, acumulando principalmente açúcares
      •  Pode ser fruto carnoso, quando mesocarpo é suculento (como pêssegos) ou pode ser fruto seco
    • Sementes, resultado dos óvulos.
                          
  • Funções:
    • Proteção
    • Disseminação das sementes
      • Percorre grande distâncias, não concorrendo com genitora e irmãs
      • Dá maior chance de sobrevivência a espécie
      • Há a anemocoria (disseminação pelo vento), a zoocoria (pelos animais) e a hidrocoria (pela água).
3. Fisiologia vegetal
A fisiologia vegetal é um ramo da botânica que se dedica ao estudo do funcionamento dos vegetais, ou seja, trata dos processos vitais que ocorrem nas plantas. Ela constitui-se na base fundamental do manejo de plantas extensivas de lavoura, plantas forrageiras, plantas frutíferas, plantas olerícolas, plantas ornamentais, plantas florestais e plantas medicinais, na biotecnologia/engenharia genética e na conservação de produtos de origem vegetal.
Obter tal conhecimento é tão importante quanto entender a fisiologia humana. Fazendo um link entre essas duas, o objeto de conhecimento destas são os próprios tecidos que compõe ambos os “seres”. Tratando da fisiologia vegetal especificamente, falaremos desta “a posteriori”, já que, primeiramente, temos de fazer uma análise das diversas estruturas que compões estes seres magníficos e essenciais que são as PLANTAS.


A formação dos tecidos nas angiospermas

a) Germinação da semente
Tecnologia de plasma melhora germinação de sementes - Cotrisoja

Germinação | Culturannabis Brasil

    Uma semente madura abriga em seu interior o embrião e uma grande quantidade de reserva energética para este se nutrir (que pode estar armazenada tanto no endosperma, quanto nos cotilédones, ou em ambos, dependendo da espécie). Uma das extremidades do embrião forma a radícula (uma “raiz”), que apresenta um conjunto de células especiais com alta capacidade de se multiplicar. Essas células compõe o meristema apical.
    Na extremidade oposta, tem-se o caulículo (um “caule”), que possui um meristema apical. Presenciamos, também, folhas modificadas, os cotilédones, especializadas em transferir nutrientes da semente para o embrião.
      As sementes geralmente amadurecem ainda no interior dos frutos. Em seu interior, os embriões estão “dormentes” (em estado de dormência). Após serem liberadas do fruto e encontrando condições ambientes favoráveis, a “mini planta” começa a se desenvolver, ocorre, então, o processo de germinação.    A germinação depende de diversos fatores, como a presença da água, de oxigênio e de uma temperatura “agradável” (adequada). Tudo se inicia com a absorção de água pela semente, processo denominado embebição, no qual o conjunto semente-planta absorve água para que o metabolismo vegetal “volte à ativa”. Com esse processo, a casca da semente “amolece” e se rompe, permitindo o acesso da planta ao oxigênio.    A primeira estrutura a se formar fora da semente é a radícula, que logo se transforma em raiz primária. Esta se fixa no solo, imobilizando a nova planta que surgirá e, também, iniciando a obtenção de água e sais minerais necessários ao desenvolvimento vegetal. A partir desse momento, as estruturas que conhecemos, o caule e as folhas, começam a aparecer e tomar forma dando início ao ciclo de vida desses seres. No feijão, por exemplo, esse processo de diferenciação+germinação ocorre pelo gancho de formação, quando o embrião sai da casca por um movimento que lembra um gancho. Porém, esse processo varia de planta a planta.

Germinação - reprodução vegetal - Biologia - InfoEscola



Diferenciação celular e principais tecidos vegetais

Tecidos vegetais | Genética | Biologia | Educação
- MERISTEMAS    O crescimento da planta depende da multiplicação de células embrionárias que constituem os meristemas. As células meristemáticas têm forma poliédrica, parede fina e flexível, citoplasma denso com vacúolos, núcleo volumoso e grande capacidade de multiplicação (mitose). Tais tecidos podem ser classificados em:
  • Meristemas primários: Meristema é um tecido não diferenciado, e é o primeiro a aparecer nas extremidades da radícula e dos cotilédones da semente. Ele é originado de células embrionárias, e é responsável pela formação de novas células, que irão diferenciar em tecidos maduros no corpo primário da planta, originando e alongando a raiz e o caule.
    À medida que se distanciam de seus locais de origem, as células vegetais passam a se especializar na realização de determinadas funções. Os primeiros tecidos a se formar são:
  • Protoderme: é a camada de células que reveste externamente o embrião e que originará a epiderme;
  • Meristema fundamental: forma um cilindro interior à protoderme e originará o córtex (“casca”);
  • Procâmbio: região central do embrião envolvida pelo meristema fundamental que se diferencia e que dará origem aos tecidos vasculares das plantas, o xilema e o floema.

  • Meristemas secundários: São encontradas em dicotiledôneas e gimnospermas. Meristemas secundários surgem a partir de células diferenciadas, normalmente parenquimáticas. Este meristema adquire a capacidade de realizar a mitose, que em botânica tem a terminologia de desdiferenciação. As células deste mostram-se com características opostas do meristema primário, com seu núcleo periférico, parede celular espessa, diferença no tamanho das células e vacúolo central. Os meristemas secundários crescem a partir pelo aumento dos tecidos vasculares presentes nos meristemas primários. Temos dois meristemas: câmbio vascular e felogênio (câmbio cortical).
    • O câmbio vascular forma o xilema secundário e o floema secundário, e tem origem no centro da raiz ou do caule, mais especificamente entre o xilema e o floema primários;
    • O felogênio se situa anterior à epiderme e forma a foleoderme (interior) e o súber (exterior), constituindo a periderme.
- TECIDOS DE REVESTIMENTO     
Felogênio - câmbio cortical - Histologia Vegetal - InfoEscola     
Questão comentada sobre tecidos vegetais, da UFRGS 2013

    Os tecidos de revestimentos são a epiderme e a periderme.
    As plantas jovens são revestidas por uma camada de células vivas achatadas que constituem a epiderme. As células da epiderme secretam substâncias impermeabilizantes que formam uma película (cutícula) que evita a perda de água da planta para o meio ambiente por transpiração e, também, serve como uma “barreira” para a entrada de agentes externos no interior da planta. Os estômatos são estruturas epidérmicas (epiderme inferior) que controlam a entrada e a saída de gases na planta e evitam a perda de água por evaporação. Além disso, são “regulados” por células-guarda para que este processo seja perfeito e ocorra de acordo com a normalidade.
    Certas plantas, ao amadurecer, têm a epiderme de suas raízes e caules substituída por outro revestimento mais resistente e impermeável, a periderme, formada a partir do felogênio, este gerado a partir da diferenciação das células parenquimáticas. As células do felogênio multiplicam-se formando uma parte interior, a feloderme (células vivas), e uma parte exterior, o súber (células mortas), este composto por suberina, uma substância muito impermeabilizante originada das paredes celulares das células mortas. 
     Com essa nova camada impermeabilizante, em diversos pontos do caule e das raízes da planta a periderme apresenta certas “entradas”, pequenas protuberâncias, as lenticelas, que permitem a ocorrência das trocas gasosas.
Lenticels: características e funções - Maestrovirtuale.com
Lenticelas
Lenticela – Wikipédia, a enciclopédia livre
Lenticelas


- TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO
Parênquimas - Cola da Web

Parênquima - Toda Matéria
  • Além das sustentações microscopias que constituem as células vegetais, as paredes celulares, as plantas possuem outros tecidos de sustentação, o colênquima e o esclerênquima.
  • Colênquima: Formado por células vivas e alongadas, estas que possuem parede celular muito rígida compostas por celulose.
  • Esclerênquima: Formado por células que morreram. As paredes celulares dessas células constituem-se de uma substância forte e impermeável, a lignina, que forma um verdadeiro esqueleto na planta.- PARÊNQUIMAS/TECIDOS DE REVESTIMENTO
           Os tecidos parenquimáticos preenchem os espaços entre os tecidos de revestimento e os tecidos condutores. No córtex, elas deixam entre si espaços cheios de ar, essenciais para a respiração das células mais internas da planta. Tais células possuem um incrível grau de desdiferenciação, voltando a se dividir, o que ajuda, e muito, na recuperação de futuras lesões no vegetal.
              Existem outros tipos de parênquima que executam outras funções. Sendo eles:

  • Parênquima de reserva: podem acumular amido e outras substâncias de reserva;
  • Parênquimas aeríferos: presentes em plantas que flutuam na água, estas parênquimas são especializadas em acumular gases entre as células;
  • Parênquimas aquíferas: presentes em plantas que vivem em ambientes áridos, elas têm a função de acumular água;
  • Parênquima clorofiliano: parênquima especial situada nos espaços internos das folhas, que possui uma grande quantidade de cloroplastos, realizando, assim, a fotossíntese.

- TECIDOS VASCULARES
Meristemas | Blog do Prof. Djalma Santos

Tecidos - Histologia Vegetal: MERISTEMA SECUNDÁRIO

        Como já fora abordado anteriormente nesse blog, os tecidos condutores são tecidos característicos das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Estes tecidos são o xilema, que conduz água e sais minerais – a seiva mineral – da raiz para as folhas, e o floema, que conduz uma solução de substâncias produzidas nas folhas – a seiva orgânica – para diversas partes do corpo da planta.
        O xilema, também chamado de lenho, é composto por dois tipos de elementos condutores de seiva mineral, sendo eles:
  • Traqueídes: Estruturas alongadas, com extremidades afiladas e que conservam as paredes transversais da célula. Nelas há um grande número de poros, que formam canais de comunicação entre as traqueídes adjacentes. Isto é, não possuem perfurações e sim pontoações, que são regiões mais finas, sem parede secundária. 
  • Elementos de vaso lenhoso: Estruturas cilíndricas com perfurações nas extremidades. Diversos destes enfileirados formam longos tubos denominados vasos lenhosos, que transportam seiva mineral. Elementos de vaso lenhoso estão presentes apenas em angiospermas; em gimnospermas e pteridófitas há apenas traqueídes.
Podemos ter ainda:
  • O xilema primário é formado a partir do procâmbio (meristema primário) durante o período de crescimento primário, ou seja, quando a planta cresce em comprimento.
  • O xilema secundário se origina do câmbio vascular. Isso ocorre quando a planta tem crescimento secundário, ou seja, quando cresce lateralmente aumentando sua espessura.
    O Floema, também chamado de líber, é constituído por elementos condutores de seiva orgânica - células crivadas e elementos do tubo crivado – e fibras e células parenquimáticas.
  • Células crivadas e elementos do tubo crivado: Apresentam em suas paredes muitos poros, as áreas crivadas e as placas crivadas. Os poros são conectados entre si por uma ponte citoplasmática, o plasmodemo. Estas células, durante suas formações, perdem o núcleo, os ribossomos, o vacúolo central, o complexo de Golgi e o “esqueleto”. Sua função é apenas o transporte de seiva.
  • O floema primário da mesma forma que o xilema primário é formado a partir do procâmbio (meristema primário) no crescimento primário da planta.
  • O floema secundário deriva do câmbio vascular, no crescimento secundário.

Nutrição vegetal

        Assim como os animais, as plantas necessitam obter energia e certos nutrientes para que possam viver. Desta forma, falaremos a seguir sobre como esses seres executam o processo de nutrição.
    Os nutrientes são componentes ambientais que influenciam diretamente no crescimento e desenvolvimento das plantas. Eles são absorvidos, predominantemente, pelo sistema radicular e, com menor eficiência, pelas folhas. Sendo assim, os nutrientes devem estar disponíveis na solução do solo para que as plantas possam absorvê-los
      Diferenciando esses processos de obter nutrientes, temos a Nutrição orgânica, proveniente da fotossíntese, e a Nutrição mineral, quando a planta absorve os minerais do solo por meio das raízes.

https://querobolsa.com.br/enem/biologia/fisiologia-vegetal (resumo do resumo, mas também muito interessante como fonte de consulta).


a) Macro e micronutrientes

Macronutrientes e micronutrientes: qual a importância?

    Dentre as necessidades minerais da planta, podemos diferenciá-los naqueles minerais que são de extrema importância e, por isso, precisam ser obtidos em grande escala – os macronutrientes- e, naqueles que não são tão importantes assim e podem ser obtidos em menor quantidade – os micronutrientes. Dependendo do nutriente que estiver faltando, seja ele macro ou micro, a planta apresentará sintomas diferentes.

- Macronutrientes:
Ø  Carbono (C): O carbono forma a estrutura das biomoléculas das plantas, incluindo amido e celulose. É fixado através da fotossíntese a partir do gás carbônico do ar e faz parte desses carboidratos (energia nos vegetais);

Ø  Hidrogênio (H): O hidrogênio também é necessário para a composição de carboidratos e para a estrutura das plantas. É obtido quase que totalmente da água;

Ø  Oxigênio (O): O oxigênio é necessário para a respiração celular. Respiração é o processo de geração de trifosfato de adenosina (ATP), rica em energia, com o consumo dos açúcares produzidos na fotossíntese;

Ø  Nitrogênio (N): O nitrogênio é um componente essencial de todas as proteínas. Deficiência deste nutriente geralmente resulta em atrofia das plantas;

Ø  Fósforo (P): O fósforo é importante para os processos energéticos das plantas. Como componente do ATP, o fósforo é necessário para a conversão da energia luminosa em energia química (ATP) durante a fotossíntese. Pode também ser usado para modificar a atividade de várias enzimas por fosforilação, e pode ser usado na sinalização celular. Como o ATP pode ser utilizado na biossíntese de várias biomoléculas, o fósforo é importante para o crescimento vegetal, floração e formação de sementes;

Ø  Potássio (K): Potássio regula a abertura e fechamento de estômatos através de alterações da turgidez das células-guarda induzidas por uma bomba de potássio na parede celular. Como os estômatos são importantes na regulação da perda de água pelas plantas, o potássio ajuda a diminuir perdas de água e aumenta a tolerância a secas (regula a pressão osmótica);

Ø  Cálcio (Ca): O cálcio regula o transporte de outros nutrientes dentro da planta e também está envolvido na ativação de certas enzimas. Também entra na constituição da lamela média, que “cimenta” entre si as células vegetais;

Ø  Magnésio (Mg): Magnésio é componente importante da molécula de clorofila, um pigmento vegetal essencial à fotossíntese. É importante para a produção de ATP pelo seu papel como cofator enzimático;

Ø  Enxofre (S): Enxofre é um componente estrutural de alguns aminoácidos e vitaminas, e é essencial à produção de cloroplastos.

Ø  Silício (Si): Utilizado como componente da epiderme para que certos fungos e outros seres não penetrem na estrutura da planta.

- Micronutrientes:
  • Boro (B): Boro é importante para o transporte de açúcares, divisão celular e síntese de certas enzimas;
  • Cobre (Cu): Cobre é um elemento envolvido em vários processos enzimáticos, importante para a fotossíntese e na produção de grãos e da lignina das paredes celulares;
  • Ferro (Fe): Ferro é necessário para a fotossíntese e está presente como um cofator enzimático nas plantas;
  • Molibdênio (Mo): Molibdênio é um co-fator enzimático importante na produção de aminoácidos;
  • Manganês (Mn): Manganês é necessário para a produção de cloroplastos;
  • Zinco (Zn): Zinco é requerido por um grande número de enzimas e desempenha um papel essencial na transcrição do DNA;
  • Níquel (Ni): Nas plantas superiores, níquel é essencial para ativação da enzima urease, uma enzima envolvida no metabolismo do nitrogênio. Sem o níquel, níveis tóxicos de uréia se acumulam, resultando em lesões necróticas. Nos vegetais inferiores, o níquel ativa várias enzimas envolvidas em uma variedade de processos, e pode substituir o zinco e o ferro como cofatores em algumas enzimas;
  • Sódio (Na): Controla a pressão osmótica;
  • Cloro: Cloro é necessário para a osmose e o balanço iônico e também participa da fotossíntese.
Macro e micronutrientes - Fisiologia Vegetal + Química



b) Condução seiva xilemática
Xilema - Só Biologia

O que é a seiva elaborada? | Thpanorama - Torne-se melhor hoje

        A água e os sais minerais compõem a chamada seiva xilemática (seiva mineral ou seiva bruta), e penetram nas plantas através das raízes por meio da osmose, já que as raízes detêm mais concentração de soluto que o meio externo – os minerais -, fazendo que ocorra a entrada de água na planta, ou seja, devido à pressão da raiz (que origina a gutação) a água entra nesta. Mas como essa seiva é levada até as folhas da planta? Para isso, a lei da gravidade teria de ser “burlada”...
        Bem, depois de atravessar a epiderme, a água e os sais minerais vão até o centro das raízes, e isso ocorre tanto pelos espaços entre as células, o apoplasto, quanto por dentro das células epidérmicas, o simplasto, até chegarem ao cilindro central da planta, com os vasos condutores, no caso, o xilema.

Resultado de imagem para apoplasto simplasto | Histología, Agronomia
No xilema, a seiva é deslocada para as partes superiores da planta por meio da hipótese da coesão-tensão (ou hipótese de Dixon). Segundo esta, o que movimenta toda a seiva bruta da planta até as folhas é a transpiração (perda de água na forma de vapor que ocorre pela superfície corporal) dessas plantas.
        As células das folhas perdem água por evaporação, aumentando, assim, sua pressão osmótica. Desta forma, elas retiram água das células vizinhas, que absorvem a seiva inorgânica dos vasos xilemáticos, provocando uma pressão de sucção que puxa a coluna líquida do interior dos vasos do xilema. Ou seja, é um processo contínuo, já que o processo de transpiração está sempre ocorrendo por meio dos estômatos das células, o que ocasiona a movimentação da seiva no interior das estruturas da planta em razão da imensa coesão entre as moléculas da seiva (pontes de hidrogênio) e, também, da incrível adesão que existe entre as moléculas da seiva e as “paredes” dos vasos condutores (eles têm afinidade com a água da seiva, proporcionando a sua movimentação até as folhas). Em suma, o processo ocorre devido à capilaridade (propriedade das moléculas de água – adesão e coesão), à tensão proporcionada pela transpiração e à pressão das raízes.

c) Condução da seiva floemática

Xilema e Floema

2.1.2. Transporte do floema
           Diferentemente do que ocorre no xilema, no floema da planta outras substâncias são transportadas, substâncias estas que compõe a chamada seiva floemática (seiva orgânica). 

           As substâncias orgânicas são produzidas no processo da fotossíntese, que ocorre nas folhas. Nele, as moléculas de água (H2O) e de gás carbônico (CO2) participam de reações que originam moléculas orgânicas, moléculas de glicose (açúcar – que poderá ser convertido nas diversas substâncias que a planta precisar, principalmente por meio da respiração celular), tendo a luz como fonte de energia. Fazendo um comparativo entre esse processo e todo o processo de nutrição e de transporte de substâncias no interior das plantas, podemos dizer que essa água que será utilizada na fotossíntese é a água da seiva xilemática, e o produto que surge da fotossíntese é a seiva floemática, isto é, “as seivas se complementam”.

           Pelo floema, a seiva orgânica que alimenta a planta desloca-se das células onde é produzida (células fonte) para as células que, de fato, a utilizará para diversas funções (células dreno). Tal deslocamento é explicado pela hipótese do fluxo de massa (ou hipótese do desequilíbrio osmótico), na qual os produtos da fotossíntese saem das fontes para os drenos devido ao gradiente de pressão de turgor que surge a partir da osmose. Nas fontes há um bombeamento ativo de substâncias orgânicas para as células do floema que, após isso, aumentam as suas pressões osmóticas e, com isso, estas células floemáticas passam a absorver água que cria um fluxo nesses canais proporcionando o movimento dessa seiva aos drenos.
https://www.todoestudo.com.br/biologia/xilema-e-floema (site bem interessante que explica os dois processos, do xilema e do floema)

d) Fotossíntese x Respiração Celular (segue abaixo uma interessante análise)

FOTOSSÍNTESE

Fotossíntese - reações, etapas, ilustrações - Biologia das plantas ...

Elementos de infográfico de fotossíntese biológica com regime de ...
           
        A fotossíntese pode ser conceituada como o processo fisiológico que a planta realiza nos tecidos clorofilados, com objetivo de obter substâncias orgânicas (por exemplo, a glicose) a partir de substâncias inorgânicas (H2O e CO2), tendo como fonte de energia a luz solar. Ou seja, a planta utiliza a luz solar para fixar o carbono (C) do gás carbônico (CO2) atmosférico em forma de substâncias orgânicas, também chamadas de fotoassimilados. Junto deste processo ocorre a liberação de gás oxigênio (O2), fundamental para diversas formas de vida na Terra. Esse processo é de grande importância, pois é a partir da energia contida nos vegetais (e também nas algas) que todos os outros seres vivos podem obter alimento e se desenvolver sobre a Terra.
          A estrutura onde ocorre a fotossíntese tem, basicamente, três estruturas: folha, cloroplasto e clorofila. A folha tem como função interceptar a energia solar e absorver o gás carbônico do ar. O cloroplasto faz parte das células da folha e é considerado o organoide funcional, estrutural e fisiologicamente completo da fotossíntese Já a clorofila (e outros pigmentos) faz parte do cloroplasto e são responsáveis pela absorção da energia luminosa
           A fotossíntese possui 2 fases:

Ø  Fase clara (fase fotoquímica): Dependente da luz, que é absorvida pelos pigmentos vegetais (clorofila e outros) e convertida em energia química (ATP) e calorífica.;

Ø  Fase escura (fase bioquímica): Independente da luz. Nela, ocorrem as reações de assimilação do C, desde o CO2 atmosférico até a formação de glicose. Esta fase utiliza a energia gerada durante a fase clara.

Fotossíntese: o que é, as fases do processo (resumo completo)

Fatores que influenciam na fotossíntese:
Ø  Concentração de CO2;
Ø  Luz;
Ø  Nutrição mineral;
Ø  Água;
Ø  Temperatura (afeta as enzimas).

- RESPIRAÇÃO CELULAR

Respiração Celular: conceito, etapas e como acontecem os processos

Respiração celular, aeróbica, anaeróbica, fermentação e etapas

Confira o Resumo de Respiração Celular e da Fermentação!

A respiração aeróbica nas plantas pode ser considerada o processo inverso da fotossíntese, pois a energia armazenada em compostos orgânicos (glicose, lipídios, proteínas, dentre outros) é liberada na forma de ATP e utilizada nos locais onde ela é necessária, seja na síntese de tecidos (respiração de crescimento), seja nos processos vitais (respiração de manutenção)
Fatores que influenciam na respiração celular:
Ø  Temperatura;
Ø  Disponibilidade de substrato;
Ø  Compostos orgânicos;
Ø  Água;
Ø  Idade dos tecidos;
Ø  Concentração de oxigênio.


- FOTOSSÍNTESE & RESPIRAÇÃO CELULAR

Respiração celular, aeróbica, anaeróbica, fermentação e etapas

Fazendo um comparativo e estabelecendo uma relação entre estes dois processos, existe uma determinada intensidade luminosa na qual as taxas de fotossíntese e de respiração se equivalem. Quando isso acontece, a planta não realiza trocas gasosas com o ambiente, pois todo o gás oxigênio que é produzido na fotossíntese é utilizado na respiração celular, e todo o gás carbônico produzido na respiração celular é utilizado na fotossíntese. Essa intensidade luminosa é o chamado ponto de compensação fótico.

Questão 1368369 48 PUC-RS Verão 2020 - Estuda.com ENEM - O maior ...

Ponto de compensação luminoso (Fótico) - Fotossíntese - Colégio Web

Dependendo do ponto de compensação fótico, as plantas podem ser classificadas em:

Ø  Plantas heliófilas (plantas de sol): Ponto de compensação fótico é elevado, fazendo com que estas plantas só consigam vivem em locais com muita luminosidade;

Ø  Plantas umbrófilas (plantas de sombra): Ponto de compensação fótico mais baixo, fazendo com que estas plantas necessitem de intensidades menores de luz para sobreviver, podendo viver em ambientes sombreados.
Factores Abióticos - Luz
Fatores Limitantes da Fotossíntese | Educabras




e) Hormônios vegetais

Dr. Biologia: Hormônios Vegetais



4. Referências

https://www.biologianet.com/botanica/angiospermas.htm
Livro didático do ano;
Material fornecido no Moodle da disciplina (2020)

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